IPO da CoreWeave, a startup de nuvem para IA, sai abaixo do esperado  

O IPO da CoreWeave – uma startup de computação em nuvem para inteligência artificial e investida da Nvidia –  levantou bem menos do que as estimativas iniciais – e as ações da empresa chegaram a cair 5% na estreia hoje na Nasdaq, um indicativo de que a euforia com a inteligência artificial vai ficando para trás.
Inicialmente, o objetivo da empresa era captar US$ 4 bilhões. Depois a estimativa recuou para US$ 2,7 bi. No final, a emissão ficou em US$ 1,5 bi. Ainda assim, foi o maior IPO de uma tech desde 2021.
“Era para ser um dos IPOs mais impressionantes do ano,” disse o Wall Street Journal. “Agora, a estreia da CoreWeave na Bolsa está se tornando um tropeço notável, tanto para a indústria de IA quanto para novas listagens públicas.”
O papel saiu a US$ 40, distante da ambição de chegar a US$ 55. Na abertura dos negócios, mergulhou para menos de US$ 38, até encerrar o dia com ligeira alta de 0,6%, a US$ 40,20. Foi uma alta de 2,6% em um dia de queda de 2,6% na Nasdaq.  
O IPO veio num momento “desafiador para o trade em IA nos mercados,” disse ao Financial Times o CEO da CoreWeave, Michael Intrator.
Para os analistas, a falta de entusiasmo com a empresa se deve a dois fatores: seu alto endividamento e custos elevados.
A maior parte das ações ficou com um grupo de 15 compradores, entre eles a Nvidia – que está entre os principais fornecedores, clientes e financiadores da CoreWeave.
A principal fonte da receita da startup é o ‘aluguel’ do acesso aos processadores da Nvidia. Mas a disponibilidade atual dos chips de IA já não é tão restrita como era até o ano passado.
A empresa faturou US$ 1,9 bi no ano passado – 62% disso com a Microsoft – e teve prejuízo de US$ 863 milhões. Outros clientes relevantes são Meta, IBM e Cohere, além da Nvidia.
Morgan Stanley, JP Morgan Chase e Goldman Sachs coordenaram a oferta.
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