Roberto D’Avila: “A entrevista é um gênero que nunca vai acabar”

Entre entrevistas com Fidel Castro, encontros improváveis com Gabriel García Márquez e o lançamento de programas inovadores, Roberto D’Avila construiu uma trajetória singular na TV brasileira.
“Foi uma série de coincidências. Nunca fiz planos”, diz ele, com a mesma leveza que o levou de Passo Fundo a Paris, da advocacia ao jornalismo e, mais tarde, à política.
Falando sobre a comunicação no cenário atual, em meio a podcasts, lives e programas de entrevista em múltiplas plataformas, ele observa com serenidade: “A entrevista é um gênero que nunca vai acabar, porque todo mundo quer saber como aquele cara chegou lá.”

D’Avila começou na televisão na extinta Rede Tupi e foi correspondente em Paris no final dos anos 1970. 
Em 1980, foi o primeiro apresentador do Canal Livre, um programa da Bandeirantes que se tornou uma referência do jornalismo nacional. Dele saíram entrevistas antológicas, como a de Tom Jobim sendo entrevistado por Caetano Veloso.
“Foi o primeiro programa de entrevistas depois da abertura política, e atraiu muitos intelectuais que estavam fora da televisão,” conta neste episódio de The Business of Life.
Em seguida, no Conexão Internacional, entrevistou grandes nomes na época pouquíssimo acessíveis ao público brasileiro, como Mick Jagger, François Mitterrand, García Márquez, Fidel Castro e Woody Allen. 
“Cada entrevista aconteceu de um jeito. Geralmente é preciso procurar o amigo do amigo. Dificilmente dá direto.”
A entrevista com Fidel foi fruto de anos de insistência e de uma inesperada ajuda de Chico Buarque e García Márquez. D’Avila conta que o político cubano já havia agendado uma entrevista com a Globo, mas mudou de ideia e decidiu conversar com ele. 
Disponível também no Spotify:

The post Roberto D’Avila: “A entrevista é um gênero que nunca vai acabar” appeared first on Brazil Journal.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.