Paraná Adota Método Wolbachia como Inovadora Tecnologia de Prevenção da Dengue

Método Wolbachia: Uma Nova Fronteira no Combate às Arboviroses no Paraná
Na última semana, equipes do Ministério da Saúde estiveram em Foz do Iguaçu, Paraná, para discutir novas estratégias no combate a arboviroses como dengue, zika e chikungunya. A principal abordagem apresentada foi o método Wolbachia, que utiliza uma bactéria para tornar os mosquitos Aedes aegypti inócuos em relação a essas doenças. A expectativa é que, ao ampliar a produção de “wolbitos” — mosquitos Aedes infectados com a bactéria Wolbachia — a região consiga reduzir significativamente o número de casos.
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, destacou a importância da biofábrica em Foz do Iguaçu, que tem como objetivo não apenas abastecer o município, mas também atender cidades vizinhas. A meta é que a cobertura do método alcance 100% do território municipal. Atualmente, a cidade já registrou 289 casos de dengue em 2025.
O uso de biofábricas não é novidade para o estado, que já conta com unidades inauguradas em Foz e Londrina no ano anterior. A tecnologia tem mostrado resultados promissores em outros locais, e o aumento da produção é visto como uma forma eficaz de acelerar o controle das arboviroses, especialmente considerando os alarmantes números de mais de 650 mil casos de dengue e 728 óbitos registrados em todo o Paraná em 2024.
Além do método Wolbachia, o ministro também apresentou as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), que têm como função complementar o trabalho de controle do Aedes aegypti. Localizadas na usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, essas estações têm abrangência internacional, beneficiando tanto brasileiros quanto paraguaios na luta contra as arboviroses.
A agenda do ministério incluiu reuniões com representantes de sete dos nove municípios da Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, onde foram discutidos planos de ação e necessidades locais. O compromisso do Ministério com as novas tecnologias visa não apenas a diminuição dos casos de dengue, mas também o fortalecimento da colaboração com as gestões locais para um enfrentamento efetivo das arboviroses.

Perguntas Frequentes sobre o Método Wolbachia

O que é o método Wolbachia?

O método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti que foram infectados com a bactéria Wolbachia. Essa bactéria impede que os mosquitos transmitam doenças como dengue, zika e chikungunya.

Como o método Wolbachia ajuda na prevenção da dengue?

Os mosquitos infectados com Wolbachia se reproduzem com os mosquitos locais, criando uma nova população que não é capaz de transmitir as doenças. Isso ajuda a reduzir a incidência de casos nas áreas onde o método é implementado.

Onde o método Wolbachia está sendo aplicado?

O método está sendo aplicado em várias cidades do Paraná, incluindo Foz do Iguaçu e Londrina, com a meta de expandir para outras regiões vizinhas.

Quais resultados já foram observados na aplicação do método Wolbachia?

Em locais onde o método foi aplicado, há evidências de diminuição significativa nos casos de dengue. No Paraná, houve uma preocupação com o aumento de casos, levando à ampliação da produção de mosquitos nesta técnica.

O que são as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs)?

As EDLs são uma tecnologia complementar que visa controlar a população de larvas do Aedes aegypti, ajudando a prevenir a formação de mosquitos adultos que possam transmitir doenças. Essas estações estão localizadas em áreas estratégicas, como a usina Hidrelétrica Itaipu, para beneficiar tanto o Brasil quanto o Paraguai.

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