BNDES Lança Concurso para Valorização da “Pequena África” com Ênfase na Inclusão de Arquitetos Negros
Nesta sexta-feira (21), datas que coincidem com o Dia Internacional contra a Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e de Nações do Candomblé, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, anunciou uma iniciativa inovadora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltada para a valorização da “Pequena África”, um local significativo na Zona Portuária do Rio de Janeiro.
O concurso de ideias urbanísticas e arquitetônicas busca propostas que revitalizem e integrem a rica história e cultura da região, que abriga o Cais do Valongo, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade. Este espaço é um testemunho das contribuições da população negra para a cultura brasileira e abrigou desde cultos de matriz africana até o surgimento do samba.
Destinado exclusivamente a equipes lideradas por arquitetos ou urbanistas negros, o concurso visa transformar a Pequena África em um distrito cultural que funcionará como um museu a céu aberto, refletindo a importância da memória e da identidade afro-brasileira. O projeto incluirá soluções arquitetônicas, estratégias de mobilidade e iniciativas culturais, educativas e tecnológicas.
Em seu discurso, Macaé Evaristo enfatizou a relevância deste concurso para a reparação histórica da escravidão no Brasil, ressaltando a importância de promover a verdade sobre a escravização negra e a necessidade de medidas reparatórias, tanto financeiras quanto simbólicas. “Fazemos isso para que nunca mais se repita”, destacou.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, sublinhou que o concurso também é mais um passo em direção à memória e à reparação, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, reforçou que a valorização da cultura afro-brasileira é um passo essencial para o futuro do Brasil.
O resultado do concurso será anunciado em junho, com prêmios totalizando R$ 130 mil: R$ 78 mil para o primeiro colocado, R$ 39 mil para o segundo e R$ 13 mil para o terceiro. As obras estão previstas para iniciar em junho de 2026.
O evento não apenas destaca o papel crucial da memória na formação da identidade nacional, mas também reafirma a luta contínua contra o racismo e a discriminação, especialmente em um dia com tanta importância simbólica.
Perguntas Frequentes
Qual é o objetivo do concurso promovido pelo BNDES?
O concurso visa selecionar propostas de revitalização para a Pequena África no Rio de Janeiro, focando na valorização da cultura afro-brasileira e na memória histórica da escravidão.
Quem pode participar do concurso?
O concurso é destinado exclusivamente a equipes lideradas por arquitetos ou urbanistas negros.
Quais serão os prêmios para os vencedores?
O primeiro lugar receberá R$ 78 mil, o segundo R$ 39 mil e o terceiro R$ 13 mil.
Quando será anunciado o resultado do concurso?
O resultado do concurso será divulgado em junho.
Como este projeto se relaciona com a luta contra o racismo?
O projeto busca promover a reparação histórica e fortalecer a identidade cultural afro-brasileira, em um contexto de luta contra o racismo e discriminação, promovendo maior inclusão e valorização da contribuição dos afrodescendentes na cultura brasileira.
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