Em Dois Anos, Investimentos em Microcrédito Crescem para R$ 2,2 Bilhões

Título: Microcrédito no Brasil: Um Novo Capítulo para Pequenos Produtores
Brasília (DF) – No último dia 2 de novembro, durante o evento “O Brasil Dando a Volta Por Cima” realizado em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de ministros, apresentou um balanço positivo das ações do governo nos dois primeiros anos de mandato, destacando um aumento significativo nos recursos destinados ao microcrédito. De acordo com os dados, os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO) que até então não ofereciam oportunidades nessa modalidade, agora disponibilizaram R$ 2,2 bilhões em um esforço para fomentar o acesso ao crédito para pequenos produtores e agricultores familiares.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que essa mudança é essencial para reverter um histórico de concentração de recursos, que antes beneficiava apenas algumas grandes empresas. “Nós pegamos R$ 1 bilhão do FNO e mais R$ 1,2 bilhão do FCO só para fazer microcrédito”, afirmou Góes, ressaltando a intenção de democratizar o acesso ao financiamento.
Projeto-Piloto nas Regiões do Norte e Centro-Oeste
Iniciando com um projeto-piloto, a iniciativa foi lançada em dezembro de 2022 na região Norte, abrangendo estados como Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e já liberou 2.200 contratos, com outros 52 em análise. Enquanto isso, a região Centro-Oeste presenciou a assinatura dos primeiros contratos de financiamento no final de fevereiro de 2023, alcançando os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O principal público-alvo do microcrédito são agricultores familiares, assentados, comunidades extrativistas, indígenas e quilombolas. O governo estima que mais de 30 mil pessoas serão beneficiadas, com condições diferenciadas em comparação ao mercado, incluindo juros de apenas 0,5% ao ano. Além de bons juros, os agricultores que pagarem suas dívidas em dia poderão receber bônus de adimplência, variando de 25 a 40%, o que permite a renovação do crédito para o ano seguinte.
Limites de Crédito e Inclusão no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar
Os limites de crédito são definidos conforme o perfil do solicitante, com valores de até R$ 12 mil por família, R$ 15 mil se a solicitante for mulher, R$ 8 mil para jovens de 16 a 29 anos, e R$ 4 mil para outros grupos. Para ter acesso ao microcrédito, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), um instrumento fundamental para identificar o público beneficiário do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf B).
As novas medidas de microcrédito visam não apenas fomentar a produção, mas também garantir que pequenos agricultores possam investir em infraestrutura, modernização e aquisição de equipamentos, contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo da agricultura no Brasil.
Perguntas Frequentes sobre Microcrédito no Brasil

Quem pode acessar os recursos do microcrédito?

Agricultores familiares, assentados, comunidades extrativistas, indígenas e quilombolas são o público-alvo da iniciativa.

Quais são as taxas de juros e bônus disponíveis?

A taxa de juros é de 0,5% ao ano, e os agricultores que pagarem em dia podem receber bônus de adimplência de 25 a 40%.

Qual o valor máximo que posso solicitar?

O limite de crédito varia de acordo com o perfil: até R$ 12 mil por família, R$ 15 mil para mulheres, R$ 8 mil para jovens de 16 a 29 anos, e R$ 4 mil para outros grupos.

É necessário algum cadastro para solicitar o microcrédito?

Sim, as famílias devem estar inscritas no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) para poder acessar a linha de microcrédito.

Quais são as regiões abrangidas pelo projeto-piloto de microcrédito?

As regiões atendidas inicialmente incluem o Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e o Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

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