Oficina em Brasília Discute A Importância do CRAS na Proteção da Primeira Infância
Na última terça-feira, 1º de abril, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com o Banco Mundial, promoveu uma oficina em Brasília que discutiu a proteção social básica, com um foco especial na primeira infância. O evento reuniu autoridades e profissionais da área para debater a estrutura e funcionamento dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e o seu impacto nas famílias em situação de vulnerabilidade social.
Dados apresentados durante a oficina revelaram que cerca de 9,9 milhões de famílias cadastradas no Cadastro Único têm crianças em idade de primeira infância, representando 23,7% do total de famílias inscritas. Em sua abertura, o diretor de Proteção Social Básica (SNAS) do MDS, Elias de Sousa Oliveira, enfatizou a necessidade de reconstruir o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e a urgência de atender adequadamente a essas famílias vulneráveis.
“Estamos pensando em unidades públicas que realmente atendam a realidade. Espero que estejamos acertando, acredito que estamos no caminho certo”, ressaltou Elias. O diretor também destacou os desafios a serem superados, defendendo a importância de um trabalho colaborativo e uma proteção social equitativa.
Julieta Trias, economista do Banco Mundial, mencionou que as discussões realizadas na oficina têm o potencial de colaborar significativamente com o trabalho que será desenvolvido futuramente. “Falamos com mais de 800 CRAS e temos muitas informações que ajudarão a redesenhar a primeira infância no SUAS”, declarou.
Durante a oficina, foram apresentados estudos que servem como orientações técnicas para os profissionais do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). Elias apontou a importância de enxergar as condicionalidades do Bolsa Família como oportunidades de mapear áreas que requerem proteção nos territórios atendidos.
Além disso, uma visita a um CRAS em Águas Lindas (GO), realizada no dia anterior, reforçou a importância da rede e a necessidade de fortalecer o trabalho colaborativo. A coordenadora-geral de Serviços e Programas de Proteção Social Básica às Famílias do MDS, Déborah Akerman, comentou sobre a iniciativa, que visa juntar as famílias para que possam compartilhar suas demandas e encontrar soluções coletivas.
“Estamos tratando da primeira infância e, a partir do CRAS, nosso objetivo é que o programa Criança Feliz se torne um alicerce ainda mais robusto”, disse Déborah. Espera-se que as pesquisas realizadas em conjunto com o Banco Mundial forneçam insumos para um caderno de orientação sobre a organização dos CRAS, previsto para lançamento no segundo semestre deste ano.
Perguntas Frequentes sobre a Oficina e o CRAS
O que é o CRAS?
O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) é uma unidade pública que oferece serviços de proteção social, atendimento e apoio às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Qual a importância do CRAS na assistência às famílias?
Os CRAS são fundamentais para identificar e atender as necessidades das famílias vulneráveis, promovendo acesso a programas sociais e integrando serviços que garantam a proteção dos direitos sociais.
Como o evento foi relevante para a primeira infância?
A oficina discutiu o impacto das políticas de assistência social na primeira infância, apresentando dados e estudos sobre como as ações realizadas pelo CRAS podem melhorar a qualidade de vida das crianças nessa faixa etária.
Qual é a expectativa do governo em relação aos resultados da oficina?
O governo espera que as discussões e pesquisas realizadas durante a oficina ajudem a redesenhar as práticas do SUAS, com foco na proteção da primeira infância e na melhora do atendimento às famílias.
Quando será lançado o caderno de orientação sobre os CRAS?
O caderno de orientação, que irá detalhar as práticas recomendadas para o atendimento à primeira infância nos CRAS, está previsto para ser lançado no segundo semestre de 2023.
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