Cetene Explora Potencial do Lúpulo na Produção Agrícola do Nordeste

A Revolução do Lúpulo: Iniciativa do Cetene Promete Transformar a Indústria Cervejeira no Nordeste Brasileiro
A indústria cervejeira brasileira pode estar à beira de uma revolução significativa, graças ao Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene). Vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a entidade está liderando projetos de pesquisa com foco na viabilização da produção de lúpulo no Nordeste, uma planta fundamental para a fabricação de cervejas e que, historicamente, é importada em sua maior parte.
Foco na Sustentabilidade e Redução de Custos
O principal objetivo do Cetene é reduzir a dependência brasileira do lúpulo importado e aumentar a competitividade da produção nacional. A estratégia é não apenas apoiar a indústria cervejeira, mas também expandir o setor agrícola, promovendo o cultivo de novas culturas que fortaleçam o agronegócio local. O uso de tecnologias avançadas e uma abordagem sustentável são aspectos centrais dessa iniciativa.
James Melo, coordenador de Desenvolvimento Tecnológico e da Unidade Embrapii BiotecCetene, destacou a importância da micropropagação vegetal nas pesquisas. Ele explicou que a técnica garante a fidelidade genética e a qualidade fitossanitária das plantas, resultando em uma produtividade maior e em uma resistência ampliada contra pragas e doenças.
Avanços na Produção em Estados Nordestinos
A produção de lúpulo já se concretiza em estados como Alagoas, Pernambuco e Bahia. Um exemplo notável é a experiência da Righetti Agrícola em União dos Palmares, Alagoas, onde a empresa já colhe duas safras anuais de uma área inicialmente cultivada de 0,2 hectares. Com o apoio do Cetene, a expectativa é expandir a produção para mais 1.500 plantas.
O agricultor Aluysio Righetti, responsável pela Fazenda Sete Léguas, já se prepara para atender às cervejarias locais com três variedades de lúpulo que demonstraram excelente adaptação. Ele projeta que até o final de 2025, sua fazenda esteja produzindo lúpulo peletizado em escala comercial.
Em Pernambuco, a colaboração entre produtores e o Cetene visa estabelecer o lúpulo como uma cultura de destaque. Um exemplo é a cervejaria Babylon, que aproveita o lúpulo cultivado na região para criar novas cervejas artesanais. “É de uma importância imensa para nós, de microcervejarias, termos a plantação de lúpulo aqui no Nordeste”, comentou Victor Hugo Batista, mestre cervejeiro da Babylon.
Perspectivas Futuras
Com a crescente produção de lúpulo no Nordeste, a expectativa é que a região não apenas se torne auto-suficiente, mas também um polo de referência para a produção de cervejas artesanais. Essa iniciativa pode estimular não apenas a economia local, mas também a inovação no setor cervejeiro, permitindo que novas características e estilos sejam explorados, valorizando a regionalidade.
Perguntas Frequentes

Por que o lúpulo é importante para a produção de cerveja?
O lúpulo é um dos principais ingredientes da cerveja, conferindo amargor, aroma e estabilidade. Ele é essencial para equilibrar o sabor doce do malte e para a preservação da cerveja.

Como o Cetene está contribuindo para a produção de lúpulo no Nordeste?
O Cetene desenvolve pesquisas para adaptar o cultivo de lúpulo às condições climáticas do Nordeste, utilizando biotecnologia e práticas agrícolas eficientes, além de realizar a micropropagação de variedades promissoras.

Quais estados nordestinos estão se destacando na produção de lúpulo?
Alagoas, Pernambuco e Bahia são os estados que estão se destacando na produção de lúpulo, com iniciativas já em andamento.

Quando podemos esperar ver lúpulo produzido localmente nas cervejarias do Nordeste?
Algumas cervejarias, como a Babylon em Pernambuco, já estão planejando utilizar lúpulo cultivado na região em suas produções a partir de aproximadamente três meses após a publicação das pesquisas.

Esse projeto tem potencial para beneficiar o agronegócio local?
Sim, a produção de lúpulo é uma nova cultura que pode fortalecer o agronegócio local, diversificando as opções de cultivo e aumentando a competitividade do setor agrícola nordestino.

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