A 2ª Marcha das Mulheres Negras e Quilombolas: Um Grito por Justiça e Reconhecimento
Em um momento histórico e aguardado, a 2ª Marcha das Mulheres Negras e Quilombolas será realizada no dia 25 de novembro em Brasília, com a expectativa de reunir cerca de 1 milhão de mulheres de diversas partes do país. O evento tem como principal objetivo dar visibilidade às lutas e demandas específicas das comunidades quilombolas e negras, que historicamente enfrentam desafios relacionados à violência, desigualdade, e à falta de reconhecimento e direitos territoriais.
Na última terça-feira (25), o lançamento do Comitê Quilombola da Marcha contou com a presença da ministra Cida Gonçalves e da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo. O comitê, criado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), terá o papel fundamental de organizar e traçar um calendário de mobilizações para o biênio 2025-2027.
A ministra Cida Gonçalves destacou a importância desse espaço de debate, que visa avançar nas pautas urgentes e evitar retrocessos nas conquistas de direitos das mulheres. Ela enfatizou a necessidade de políticas públicas que respeitem a realidade das mulheres quilombolas, que muitas vezes são as guardiãs de seus exercícios de cultura e resistência, lutando não apenas pela proteção de seus territórios, mas também pela sua autonomia econômica e inserção em espaços de poder.
A ministra Macaé Evaristo, por sua vez, ressaltou o papel vital das mulheres quilombolas na defesa da cultura afro-brasileira e na luta pela manutenção de suas tradições. Ela criticou a morosidade no processo de titulação das terras quilombolas, um aspecto que, segundo ela, reflete a resistência de setores econômicos e políticos que buscam manter o status quo.
Edna Paixão, representante da Conaq, afirmou que a criação do Comitê Quilombola visa fortalecer a organização coletiva das mulheres e aumentar as possibilidades de luta pela garantia de justiça e reconhecimento dos danos históricos sofridos pelas comunidades quilombolas.
Além das mobilizações, o Ministério das Mulheres tem promovido a participação ativa das mulheres quilombolas na criação de políticas públicas, através do Fórum Nacional Permanente para Diálogo da Promoção de Estratégias de Fortalecimento de Políticas para as Mulheres Quilombolas. Os debates e resultados desse fórum resultaram na idealização de um Programa Intersetorial destinado a fortalecer a participação política e a autonomia econômica dessas mulheres.
A 2ª Marcha das Mulheres Negras e Quilombolas promete ser uma oportunidade poderosa para reivindicar direitos, fortalecer laços de solidariedade e visibilizar a força e a luta dessas mulheres que, ao longo da história, se ergueram como símbolos de resistência e preservação cultural.
Perguntas Frequentes sobre a Marcha das Mulheres Negras e Quilombolas
O que é a Marcha das Mulheres Negras e Quilombolas?
A Marcha é um evento que reúne mulheres negras e quilombolas com o objetivo de reivindicar direitos, visibilizar suas lutas e promover a igualdade de gênero, racial e territorial.
Quando e onde a 2ª edição da Marcha ocorrerá?
A 2ª Marcha será realizada no dia 25 de novembro de 2023, em Brasília, com a expectativa de reunir 1 milhão de mulheres de todo o Brasil.
Qual é o principal objetivo do Comitê Quilombola da Marcha?
O Comitê tem como objetivo organizar mobilizações e debater as pautas das mulheres quilombolas, com foco na defesa de direitos, proteção territorial e autonomia econômica.
Por que a titulação de terras quilombolas é uma questão importante?
A titulação das terras é essencial para garantir que as comunidades quilombolas tenham seus direitos territoriais reconhecidos, evitando a exploração e a violência sobre suas terras.
Como o Ministério das Mulheres está contribuindo para as políticas voltadas às mulheres quilombolas?
O Ministério tem promovido espaços de diálogo e debates por meio do Fórum Nacional Permanente, além de apoiar a criação de programas específicos que visam fortalecer a participação política e a autonomia econômica das mulheres quilombolas.
FontePara mais notícias continue acompanhando o TecMania.Igreja Online
Na igreja online temos cultos ao vivo, estudos bíblicos e local para pedidos de orações. Caso você esteja impossibilitado de frequentar uma igreja física por estar acamado, num hospital ou impossibilitado de se locomover por qualquer outro motivo, a igreja online é perfeita pra você. Venha conhecer! https://igrejaonline.com