Avanços no Campo do Hidrogênio: Brasil Investe em Pesquisa e Infraestrutura
Na última terça-feira (1°), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizou a primeira reunião de coordenação do Sistema Brasileiro de Laboratórios de Hidrogênio (SisH2). Este sistema, que representa um passo significativo para fortalecer a pesquisa e inovação no ápice das energias renováveis, foi constituído a partir de uma chamada pública do CNPq, onde foram selecionados 13 laboratórios, dos quais 12 já formalizaram a adesão.
O investimento inicial destinado ao SisH2 é de R$ 33 milhões, proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Esse esforço está alinhado com a Iniciativa Brasileira do Hidrogênio (IBH2), que visa o desenvolvimento tecnológico em áreas cruciais como produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis, armazenamento, segurança, transporte e aplicações nos setores de transportes, siderúrgico e energia elétrica. A execução dos projetos está integrada ao Plano Trienal 2023-2025 do Eixo 1 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), promovido pelo Governo Federal.
Durante a abertura do encontro virtual, Daniel Almeida, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, apresentou as responsabilidades da SETEC dentro do setor energético e expôs detalhes da criação do IBH2. A reunião também foi marcada pelo anuncio de uma nova chamada para um laboratório integrador, que será escolhido dentre os que já integram o sistema, além do aporte adicional de R$ 8 milhões do FNDCT, destinado à contratação futura de mais quatro laboratórios.
Fábio Fonseca, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), destacou os benefícios que o SisH2 pode trazer para os laboratórios. “A escolha pelo SisH2 é um selo de qualidade que permite interagir com empresas e aplicar a outros projetos de inovação”, ressalta. Essa interação promete ser um motor importante para o desenvolvimento tecnológico e a aproximação com a indústria, melhorando o nível de maturidade tecnológica dos projetos.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o projeto de produção e uso de hidrogênio é coordenado pelos pesquisadores Carlos Alberto Martínez Huitle e Amanda Gondim. A iniciativa busca ampliar a infraestrutura necessária para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Huitle enfatiza que a colaboração entre os laboratórios envolvidos é essencial para fomentar inovações no uso do hidrogênio, reforçando o compromisso com um futuro mais sustentável.
O SisH2 se configura como um dos principais instrumentos da Iniciativa Brasileira do Hidrogênio e foi criado pela Portaria 7.679 de 2023. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento tecnológico, inovação e o empreendedorismo no setor. A primeira seleção de laboratórios ocorreu através da Chamada CNPq/MCTI/FNDCT N° 24/2022, voltada ao apoio de iniciativas que fortaleçam a infraestrutura laboratorial e a capacitação de recursos humanos na economia do hidrogênio.
Perguntas e Respostas: Principais Dúvidas sobre o Sistema Brasileiro de Laboratórios de Hidrogênio (SisH2)
O que é o SisH2?
O SisH2 é o Sistema Brasileiro de Laboratórios de Hidrogênio, criado para fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico na área de hidrogênio, com foco em sua produção, armazenamento e aplicações sustentáveis.
Qual o investimento inicial para o desenvolvimento do SisH2?
O investimento inicial foi de R$ 33 milhões, proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Quais laboratórios foram selecionados para integrar o SisH2?
Um total de 13 laboratórios foi selecionado, dos quais 12 já formalizaram a adesão. Os laboratórios abrangem diversas instituições de pesquisa que atuam na temática do hidrogênio.
Como o SisH2 pode beneficiar os laboratórios participantes?
A adesão ao SisH2 oferece um selo de qualidade, possibilitando interação com empresas, oportunidades de financiamento e participação em projetos de inovação, aumentando o nível de maturidade tecnológica.
Qual a importância do hidrogênio para a sustentabilidade?
O hidrogênio é considerado uma fonte de energia limpa e renovável, com o potencial de transformar setores como transporte, energia elétrica e siderurgia, contribuindo para a redução das emissões de carbono e promovendo uma economia sustentável.
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