1ª Reunião do GT Cultura do BRICS Foca em Devolução e Preservação de Bens Culturais

A Cultura em Foco: Primeira Reunião do Grupo de Trabalho do BRICS Destaca Devolução de Bens Culturais
Na última terça-feira, 25 de outubro, ocorreu a 1ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho de Cultura do BRICS, reunindo representantes de países como China, Índia, Egito, Rússia, Etiópia, Indonésia, Irã, África do Sul e Emirados Árabes Unidos. O encontro, realizado por videoconferência e organizado pelo Ministério da Cultura (MinC) do Brasil em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), teve como foco central as questões de devolução e restituição de bens culturais, além de discutir perspectivas para futuras iniciativas culturais entre os membros do bloco.
O chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MinC, Bruno Melo, enfatizou a relevância do evento no contexto de um ciclo mais amplo de apresentações que culminará em um encontro ministerial com uma declaração conjunta dos membros do BRICS. “Teremos a realização do Festival de Cinema do BRICS, com foco em oportunidades de negócios, co-produção e networking entre produtores e distribuidores. Além disso, criaremos o Catálogo de Boas Práticas do BRICS, uma plataforma digital para a indústria criativa e diversos seminários para estimular o debate e a pesquisa na economia criativa”, detalhou Melo.
A reunião também serviu para que cada país participante apresentasse suas realidades e desafios no desenvolvimento de ações para a proteção dos bens culturais. O Egito, através de Rania Abdellatif, destacou suas políticas de recuperação de bens culturais, enfatizando a importância de priorizar os direitos das pessoas envolvidas. “Não é apenas sobre proteger as artes, mas também sobre garantir que os testemunhos culturais apareçam como recursos valiosos para a história compartilhada”, afirmou.
Por outro lado, a Índia, representada por Lily Pandeya, trouxe à tona preocupações com a venda ilegal de bens culturais na internet. “Temos problemas sérios com tráfico e apropriação indevida. É imprescindível a reforma legislativa para combater esse comércio ilícito”, disse Pandeya.
A Indonésia e o Irã igualmente abordaram desafios similares quanto à preservação do patrimônio cultural. Mardisontori Julan, da Indonésia, ressaltou que a cooperação entre os países é essencial para a proteção das suas heranças culturais, e Dehghan Kar, do Irã, comentou sobre a necessidade de uma mudança na visão sobre propriedade cultural, defendendo que a cultura é um patrimônio global.
O ciclo de reuniões do BRICS ainda contará com um encontro presencial em Brasília nos dias 22 e 23, seguido pela Reunião de Ministros da Cultura no Palácio Itamaraty no próximo dia 26 de maio. O Brasil presidirá o bloco em 2025, destacando a importância da cooperação internacional para uma governança mais inclusiva e sustentável.
Perguntas e Respostas
1. O que é o Grupo de Trabalho de Cultura do BRICS?
O Grupo de Trabalho de Cultura do BRICS é uma iniciativa que reúne representantes dos países membros para discutir e promover a cooperação em questões culturais, incluindo a proteção e devolução de bens culturais.
2. Qual o objetivo principal da 1ª Reunião Técnica do Grupo?
O objetivo principal foi debater a devolução e restituição de bens culturais, além de apresentar perspectivas para futuras iniciativas culturais entre os países membros.
3. Quando será realizado o Festival de Cinema do BRICS?
O Festival de Cinema do BRICS está previsto para acontecer no segundo semestre de 2025 e terá foco em oportunidades de negócios e networking entre produtores e distribuidores.
4. Quais países fazem parte do BRICS atualmente?
Os membros do BRICS incluem Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além dos novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
5. Quais desafios os países estão enfrentando na proteção de seus bens culturais?
Os países participantes discutiram diversos desafios, como o tráfico de artefatos culturais, apropriação indevida e a necessidade de aprimoramento das legislações nacionais para proteger essas heranças.
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