Brasil Avança na Inovação: Resultados da Pesquisa de Inovação Semestral de 2023 Revelam Desafios e Oportunidades
Na terça-feira (25), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) apresentou os resultados da Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec) de 2023, em uma reunião que contou com a participação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Este estudo fornece um panorama detalhado sobre a inovação no Brasil, destacando os obstáculos enfrentados pelas empresas, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e o apoio público a inovações.
Com a intenção de oferecer uma visão atualizada do investimento em ciência, tecnologia e inovação no país, a Pintec Semestral é vista como uma ferramenta essencial para o MCTI na formulação de políticas públicas mais eficazes, uma vez que reflete diretamente a competitividade do setor industrial brasileiro.
Prioridades do MCTI e Importância dos Resultados
Verena Hitner Barros, diretora de Indicadores e Governança do MCTI, enfatizou a importância da pesquisa nessa fase. O ministério almeja garantir a continuidade da Pintec Semestral, que se junta à tradicional Pintec, realizada a cada três anos desde 2000. “Queremos retomar a Comissão Permanente de Indicadores, para assegurar que os indicadores de ciência, tecnologia e inovação sejam legítimos e comparáveis em todo o Brasil”, ressaltou Verena.
O estudo revela que 64% das empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas realizaram atividades de inovação em 2023, embora esse número marcado uma queda em relação aos anos anteriores. Os setores mais inovadores incluem aqueles que trabalham com produtos químicos, máquinas e equipamentos, e farmacêuticos. Em contraponto, setores como o fumo e produtos de madeira mostraram as menores taxas de inovação.
Investimentos e Desafios na Inovação
Os investimentos em P&D tiveram um aumento em 2023, totalizando R$ 38,3 bilhões, dos quais 86,4% vieram do setor industrial. No entanto, o uso de instrumentos de apoio público, como incentivos fiscais da Lei do Bem, caiu para 36,3%, demonstrando uma necessidade de maior engajamento das empresas com as políticas disponíveis.
Os desafios para a inovação permanecem significativos. Aproximadamente 47,6% das empresas relataram que enfrentam obstáculos, sendo a instabilidade econômica, o aumento da concorrência e a limitação de recursos internos os principais entraves identificados.
Caminho para o Futuro
Segundo o MCTI, os resultados da Pintec Semestral são fundamentais para entender e fortalecer o ambiente de inovação no país. Com o comprometimento em criar políticas públicas mais eficazes e um ecossistema favorável à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico, o Brasil se posiciona para um futuro mais inovador e competitivo.
Perguntas Frequentes
1. O que é a Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec)?
A Pintec é um estudo realizado pelo MCTI em parceria com o IBGE e a ABDI, que monitora o avanço da inovação no Brasil, avaliando aspectos como investimentos em P&D, obstáculos à inovação e arranjos cooperativos entre as empresas.
2. Quais são os principais resultados da Pintec Semestral de 2023?
Em 2023, 64% das empresas industriais de maior porte realizaram atividades de inovação. No entanto, esse número representa uma queda em relação aos anos anteriores. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento aumentaram para R$ 38,3 bilhões.
3. Quais setores se destacaram em inovação?
Os setores mais inovadores em 2023 foram a fabricação de produtos químicos (88,7%), máquinas e equipamentos (88,0%) e produtos farmacêuticos (82,4%).
4. Quais são os principais obstáculos à inovação identificados na pesquisa?
Os principais obstáculos incluem a instabilidade econômica (44,2%), o aumento da concorrência (41,4%) e a limitação de recursos internos (42,1%).
5. Qual é a importância da Pintec para o Brasil?
A Pintec é crucial para entender o cenário de inovação no país, possibilitando a formulação de políticas públicas mais adequadas e eficazes, além de contribuir para o fortalecimento da competitividade industrial brasileira no cenário global.
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