Verizon e AT&T podem ficar atrás da T-Mobile com recurso de satélite que promete ser caro

O Futuro da Conectividade: T-Mobile, AT&T e Verizon em Câmpus Espaciais
Enquanto a T-Mobile avança a passos largos com seu serviço de conectividade direta a partir do espaço, seus concorrentes, AT&T e Verizon, ainda estão em fase de planejamento e desenvolvimento. A colaboração da T-Mobile com a SpaceX para fornecer conectividade em áreas sem sinal já está rendendo frutos, enquanto os esforços de AT&T e Verizon, em parceria com a AST SpaceMobile, ainda estão longe de se concretizar.
O Cenário Atual
A AST SpaceMobile, liderada pelo CEO Abel Avellan, participou recentemente de discussões no Mobile World Congress sobre sua rede celular baseada em satélites. Atualmente, a empresa possui apenas seis satélites em órbita, mas planeja expandir para 60 até 2026, com a esperança de lançar seu serviço inicial em breve. Embora a companhia tenha demonstrado suas capacidades tecnológicas, a realidade é que a infraestrutura ainda está em fase de crescimento.
Por outro lado, a T-Mobile já iniciou uma fase beta de seu serviço, que deverá ser lançado comercialmente em breve, utilizando 515 satélites da SpaceX.
Desafios e Expectativas
Especialistas, como o analista Joe Madden da Mobile Experts, acreditam que os 60 satélites da AST poderão ser suficientes para cobrir os Estados Unidos, mas a empresa precisará de ao menos 95 satélites para atingir clientes globais. Embora as antenas da AST sejam maiores do que as da Starlink da SpaceX, o número reduzido de satélites da AST gera preocupações sobre a capacidade de atender à demanda e fornecer velocidades de conexão adequadas. A promessa é de velocidades aproximadas de 20 Mbps, mas com a ressalva de que essa capacidade será compartilhada entre um grande número de usuários.
Custos dos Serviços
Os custos de operação do serviço de satélite também levantam apreensões. Estima-se que o custo por GB no serviço da AST possa variar entre 5 a 9 dólares, em contraposição aos 0,30 dólares por GB da rede 5G terrestre. Isso significa que os clientes poderão enfrentar tarifas até 20 vezes mais altas do que as usualmente pagas atualmente.
Enquanto isso, a T-Mobile não divulgou detalhes sobre preços futuros, mas sua abordagem inicial de mensagens via satélite está sendo oferecida gratuitamente durante a fase beta. Aqueles que optarem por planos mais caros continuarão a ter acesso sem custo adicional.
A Visão a Longo Prazo
O presidente da AST SpaceMobile, Scott Wisniewski, enfatiza a importância de que a conectividade vá além do simples envio de mensagens de texto. Para ele, a proposta de valor real para os consumidores deve incluir acesso à internet em locais onde as redes tradicionais falham. A empresa acredita que sua combinação de satélites maiores e infraestrutura robusta, que cobrirá uma área maior, permitirá fornecer velocidades de dados mais rápidas.
À medida que as companhias buscam financiamento para alcançar suas metas de lançamento, o cenário permanece incerto. Os avanços nessas tecnologias poderão mudar a forma como nos conectamos e interagimos com o mundo. Com AT&T e Verizon preparando-se para lançar seus serviços ainda este ano, o futuro da conectividade baseada em satélites pode estar mais próximo do que imaginamos.
A corrida pela conectividade espacial está apenas começando, e o sucesso dependerá não apenas da tecnologia, mas também da capacidade das empresas de atender às expectativas e necessidades dos consumidores.