Incêndio de Carro Híbrido em Presidente Prudente: Fatalidade ou “Economia Burra”?
Na noite da última quarta-feira, 26 de outubro, um carro híbrido pegou fogo enquanto carregava na garagem de um condomínio em Presidente Prudente, interior de São Paulo. O incidente reacendeu discussões sobre a segurança de veículos eletrificados e o uso de tomadas domésticas para recarga.
As investigações oficiais estão em andamento e contarão com a assistência de um comitê da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Representantes da ABVE devem visitar o local do acidente para uma análise mais detalhada. O CT Auto conversou com Thiago Castilha, sócio-diretor da E-wolf Carregadores, que compartilhou insights sobre possível causas do incêndio e alertou para práticas inadequadas de instalação elétrica que podem aumentar os riscos.
Castilha enfatizou a importância da instalação elétrica adequada e criticou o que ele chamou de “economia burra”, referindo-se à prática de não investir na proteção adequada durante a instalação de pontos de recarga. Ele destacou que muitos proprietários de veículos elétricos e híbridos não consideram o custo-benefício de realizar uma boa instalação elétrica, optando por soluções improvisadas e baratas.
“Mesmo que o carregador não seja caro, o veículo certamente é um investimento considerável. A falta de uma proteção mínima, como um disjuntor com Anti Surto, pode colocar a segurança do usuário e do veículo em risco”, afirmou Castilha.
A cautela em relação aos riscos de incêndio em carros eletrificados é importante. O executivo observou que, embora o risco de incêndio seja substancialmente menor em veículos elétricos quando comparado aos movidos a combustão, os incêndios que ocorrem em veículos eletrificados podem ser mais complexos de combater por conta das baterias. “O índice de risco de incêndio, comparando a combustão, híbrido e elétrico, mostra que o mais arriscado é o carro a combustão. O carro híbrido vem em segundo lugar e, por último, o elétrico. No entanto, quando pegam fogo, é mais complicado de apagar”, explicou.
A situação em Presidente Prudente ainda carece de uma análise definitiva. “É muito cedo para dizer se há um responsável. Pode ter sido uma fatalidade, causada por calor extremo, especialmente em um lugar como Presidente Prudente. O carro talvez tenha sido deixado para carregar em um local quente após ter rodado bastante”, comentou Castilha.
Ele também sugeriu que os proprietários utilizem carregadores inteligentes que possibilitam monitoramento contínuo, ajudando a prevenir anomalias. “No caso de residência, sempre é recomendável usar carregadores que oferecem alertas em caso de qualquer problema”, aconselhou.
A fatalidade do incêndio do carro híbrido continua a ser investigada, e enquanto isso, a discussão sobre segurança e boas práticas de carregamento se torna cada vez mais relevante para os proprietários de veículos eletrificados no Brasil.
Incêndio de Carro Híbrido em SP: Acidente Trágico ou Falta de Precauções?
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