Brasil e Banco Mundial Unem Forças para Restaurar Florestas e Promover Desenvolvimento Sustentável
Na quinta-feira, 27 de fevereiro, foi aprovado um ambicioso Plano de Investimento que destina US$ 247 milhões (aproximadamente R$ 1,44 bilhão) para promover a restauração florestal no Brasil, focando nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Essa iniciativa resulta de um consenso no Comitê dos Climate Investment Funds (CIF) e conta com recursos significativos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco Mundial.
O plano, que faz parte do Programa Natureza, Povos e Clima (NPC), destina US$ 47 milhões em recursos concessionais do CIF, além de US$ 100 milhões do Fundo Clima via BNDES e mais US$ 100 milhões do Banco Mundial. Essa combinação de investimentos visa financiar projetos voltados para a restauração de ecossistemas degradados e o fortalecimento da resiliência das populações rurais, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.
O programa, que possui um orçamento global de US$ 400 milhões, enfatiza a interdependência entre uso da terra e os meios de subsistência das comunidades. “A restauração de ecossistemas degradados é uma opção estratégica para enfrentarmos a crise climática”, disse Ivan Oliveira, subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda. Ele completou destacando a importância do modelo inovador de financiamento proposto, que visa facilitar a atuação do setor privado em projetos de recuperação ambiental.
Entre os objetivos do plano está a restauração de 54 mil hectares de florestas, com uma expectativa de redução de até 7,75 milhões de toneladas de CO₂, além da criação de cerca de 21 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A ação é vista como um passo fundamental para inverter o ciclo de degradação das terras na bacia do Tocantins-Araguaia, transformando essa “área do desmatamento” em uma nova “área de restauração”.
O processo de elaboração do plano foi conduzido pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda em colaboração com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o BNDES e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A consulta pública para aprovar o plano também assegurou uma abordagem inclusiva e colaborativa.
Esse é o primeiro plano no âmbito do Fundo Climático Estratégico (SCF) do CIF focado exclusivamente no setor privado, utilizando um modelo de financiamento misto que deve facilitar a participação de empresas na recuperação ambiental.
Com a aprovação do Plano de Investimento, o Brasil agora tem 18 meses para desenvolver um plano detalhado de implementação, incluindo os projetos que serão promovidos sob seus auspícios.
Perguntas e Respostas sobre a Restauração Florestal e o Plano de Investimento
O que é o Plano de Investimento do Programa Natureza, Povos e Clima?
É um programa aprovado que destina US$ 247 milhões para a restauração florestal no Brasil, focando na Amazônia e no Cerrado, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e enfrentar mudanças climáticas.
Quais instituições estão envolvidas no financiamento desse plano?
O plano é financiado pelo Climate Investment Funds (CIF), o Fundo Clima via BNDES e o Banco Mundial, que juntos aportam recursos significativos para o projeto.
Qual é o impacto esperado do plano na redução de emissões de gases de efeito estufa?
A restauração proposta pode levar à redução de até 7,75 milhões de toneladas de CO₂, contribuindo para o combate à crise climática.
Quantos empregos o plano deverá gerar?
Estima-se que o projeto irá gerar até 21 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando comunidades locais.
O que significa ‘financiamento misto’ mencionado no plano?
‘Financiamento misto’ refere-se a uma abordagem que combina diferentes fontes de recursos, facilitando o acesso ao capital e incentivando a participação do setor privado em projetos de restauração ambiental.
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