Pesquisa Revela Riscos Associados aos Nitazenos, Novos Fármacos Emergentes no Brasil

Brasil Enfrenta Novas Ameaças com a Chegada dos Nitazenos: Um Estudo Inédito Aponta Riscos e Desafios
Brasília, 24/01/2025 – O Brasil se vê diante de uma nova e preocupante realidade no que diz respeito ao uso e tráfico de drogas. Nesta sexta-feira, 24, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apresentou um estudo inédito sobre os nitazenos, novas substâncias psicoativas (NSP) cuja potência é alarmantemente superior à da morfina e do fentanil. A publicação, intitulada “Nitazenos: Caracterização e Presença no Brasil”, revela um quadro preocupante sobre a crescente presença dessas substâncias no país, revelando a urgência de medidas efetivas de prevenção e controle.
Os nitazenos, que possuem um potencial de abuso significativo, foram inicialmente desenvolvidos na década de 1950 como analgésicos. Contudo, devido aos altos riscos associados, nunca foram comercializados. Com a crescente descoberta de apreensões pela Polícia Civil, especialmente em São Paulo, onde 95% das amostras coletadas entre julho de 2022 e abril de 2023 continham algum tipo desses opioides, o cenário se torna ainda mais alarmante.
“A questão é preocupante, não apenas pela disseminação, mas pela potência e pelos perigos relacionados ao uso dessas substâncias”, afirmou Marta Machado, titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad). Para ela, a intenção é monitorar os riscos e se preparar para uma possível escalada do problema.
O estudo, desenvolvido pelo Centro de Estudos sobre Drogas e Desenvolvimento Social Comunitário (Cdesc) em parceria com a Senad e entidades internacionais como a ONU, destaca não apenas a crescente presença dos nitazenos, mas também a importância de um sistema robusto de alerta e monitoramento. Medidas como a criação do Subsistema de Alerta Rápido sobre Novas Drogas e a construção do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid) foram mencionadas como estratégias essenciais para enfrentar essa ameaça.
Globalmente, os nitazenos têm causado estragos significativos, provocando preocupações de overdose, parada cardíaca e dependência. O estudo revela que, desde 2019, países como Alemanha, EUA, Reino Unido e Canadá já relataram a presença dessa classe de drogas.
Enquanto a presença dos nitazenos é predominantemente concentrada nos estados do Sul e Sudeste, o governo brasileiro mantém a crença de que ações coordenadas e bem informadas podem oferecer defesa contra a propagação dessas substâncias.
“A possibilidade de atuarmos preventivamente contra uma ameaça desse tipo é vital para a saúde pública e a segurança do nosso país”, concluiu Andrea Bolzon, coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Perguntas e Respostas: Principais Dúvidas Sobre os Nitazenos

O que são nitazenos?

Nitazenos são um grupo de novas substâncias psicoativas derivadas do 2-benzilbenzimidazol. Inicialmente sintéticas como potenciais analgésicos, nunca foram comercializadas devido ao seu elevado potencial de abuso.

Quais são os perigos associados ao uso de nitazenos?

Essas substâncias possuem uma potência que pode ser centenas ou milhares de vezes maior que a da morfina, aumentando significativamente os riscos de overdose, parada cardíaca e dependência.

Como os nitazenos estão sendo identificados no Brasil?

Entre julho de 2022 e abril de 2023, as apreensões de nitazenos se tornaram mais frequentes, com 95% das amostras analisadas pela Polícia Civil de São Paulo apresentando a presença dessas substâncias.

Quais medidas estão sendo adotadas pelo governo brasileiro?

O governo está implementando medidas de monitoramento, como a criação do Subsistema de Alerta Rápido e do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas, além de estreitar colaborações com organizações internacionais para combater o uso de nitazenos.

Qual é a situação global relacionada aos nitazenos?

Desde 2019, países como Alemanha, Canadá, e Estados Unidos têm relatado a presença crescente de nitazenos, levando a uma preocupação global devido aos riscos associados ao seu uso.

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