Tremembé sedia ato em defesa da Reforma Agrária e fortalecimento dos direitos no campo

Ato em Tremembé Reforça Luta por Direitos no Campo Após Atentado no Assentamento Olga Benário
No último sábado, 18 de janeiro, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, esteve em Tremembé, São Paulo, onde participou do ato “Por Reforma Agrária, Vida e Justiça”. A mobilização, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aconteceu em resposta ao trágico atentado ocorrido no Assentamento Olga Benário, na sexta-feira, dia 10, que vitimou fatalmente dois assentados e deixou outros seis feridos.
Teixeira utilizou a oportunidade para cobrar das autoridades uma rápida e efetiva investigação do crime. “A sociedade brasileira não aceitará qualquer resposta que não esclareça a ação de 25 pessoas em um crime dessa natureza”, afirmou o ministro. Ele destacou a importância de garantir a responsabilização dos envolvidos, enfatizando que a prisão dos autores enviará uma mensagem clara sobre a seriedade da reforma agrária em curso no Brasil.
No ato, o ministro também revelou um encontro recente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Discutiram a implementação de medidas protetivas para os assentados ameaçados, com o intuito de melhorar os mecanismos de defesa e aumentar a capacidade preventiva do Estado diante de situações como a do assentamento Olga Benário.
O assentamento, estabelecido há 19 anos, abriga aproximadamente 50 famílias que vivem de uma agricultura familiar diversificada, destacando-se por suas práticas agroecológicas, como Sistemas Agroflorestais e produção de alimentos para o mercado local.
O crime reprovável que ocorreu na comunidade, alvo de forte condenação, aconteceu na noite de sexta-feira, quando homens armados invadiram o assentamento, disparando contra os moradores. O principal suspeito, Antônio Martins, conhecido como “Nero do piseiro”, foi detido no dia seguinte e manterá a prisão por 30 dias. A polícia busca outros envolvidos e já solicitou a prisão de um segundo suspeito, que permanece foragido.
O ministro Teixeira, juntamente com o presidente do Incra, César Aldrighi, e a superintendente do Incra em São Paulo, Sabrina Diniz, se reuniu com delegados da Polícia Civil para acompanhar os desdobramentos da investigação, afirmando o compromisso do governo em combater a impunidade no campo.
Perguntas e Respostas sobre o Ato e o Atentado

O que aconteceu no Assentamento Olga Benário?
O Assentamento Olga Benário foi alvo de um ataque por um grupo armado na noite de 10 de janeiro, resultando na morte de dois assentados e deixando seis feridos.

Qual foi a reação do ministro do MDA ao atentado?
O ministro Paulo Teixeira participou de um ato em Tremembé no dia 18 de janeiro, onde exigiu uma investigação rápida e transparente, além de responsabilização dos envolvidos pelo atentado.

Como o governo está lidando com a segurança dos assentados?
O ministro Teixeira se reuniu com o ministro da Justiça para discutir medidas protetivas aos assentados, incluindo a atuação da Polícia Federal em casos de violência no campo.

O Assentamento Olga Benário tem alguma importância econômica?
Sim, o assentamento, que abriga cerca de 50 famílias, é conhecido por suas práticas de agricultura familiar diversificada e produção agroecológica, além de fornecer alimentos para o mercado local.

Quem são os suspeitos do atentado e qual é a situação legal deles?
O principal suspeito, Antônio Martins, foi detido e terá sua prisão mantida por 30 dias. Outro suspeito, Ítalo Rodrigues da Silva, está foragido, apesar de um pedido de prisão temporária já ter sido autorizado pela Justiça.

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