MDHC Anuncia Resultados da Seleção de Consultores para Mapeamento de Locais de Memória

Título: Mapeamento de Locais de Memória da Ditadura Militar no Brasil Avança com Consultores Especializados
O Brasil dá mais um passo importante na preservação da memória e na promoção dos direitos humanos. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), anunciou os resultados de editais que contratam consultores especializados para o projeto “Lugares pela Memória”. Esta iniciativa busca definir, identificar e mapear espaços que foram utilizados pela ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, contribuindo para a formação de uma consciência crítica e informada sobre esse período sombrio da história brasileira.
De acordo com Paula Franco, Coordenadora-Geral de Políticas de Memória e Verdade da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade (ADMV/MDHC), o projeto visa não apenas identificar esses locais, mas também garantir que a sociedade tenha acesso a informações sobre eles. “O ‘Lugares pela Memória’ é uma forma de efetivar o direito à memória, promovendo políticas que tornem públicos locais que guardam memórias sensíveis dos anos de ditadura”, afirmou Paula.
Um dos principais produtos deste esforço será a criação de um mapa interativo, onde será possível localizar e registrar lugares marcados por violações de direitos humanos, além de áreas onde ocorria a resistência e a oposição ao regime militar. A proposta é que esse mapa sirva tanto para o ensino formal quanto para a educação não formal, ampliando o alcance e a disseminação de informações históricas relevantes.
Outro foco do projeto é a Casa da Morte, um imóvel em Petrópolis, no Rio de Janeiro, que atuou como um clandestino centro de tortura e desaparecimento do Exército nos anos 70. A transformação deste espaço em um memorial representa um passo significativo na busca por justiça e memória, e em agosto do ano passado, a prefeitura de Petrópolis e o MDHC assinaram um convênio que prevê a desapropriação do local e o início de obras de recuperação.
Essa iniciativa não é apenas uma ação de recuperação histórica, mas também um compromisso com a verdade e a reparação. O MDHC se propõe a criar um inventário que abarque todos os locais identificados e a definição dos parâmetros que categorize esses “lugares de memória”. Essa abordagem é comum em diversos países que passaram por períodos autoritários, refletindo um compromisso global com a justiça e a memoria.
Perguntas e Respostas

O que é o projeto “Lugares pela Memória”?
O “Lugares pela Memória” é uma iniciativa do MDHC em parceria com o PNUD que visa identificar, mapear e divulgar locais significativos na luta pelos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil.

Qual será o resultado final do mapeamento?
O projeto resultará em um mapa interativo que permitirá a localização e a divulgação de locais onde ocorreram violações de direitos humanos, bem como de áreas de resistência ao regime militar.

O que é a Casa da Morte e qual o seu papel no projeto?
A Casa da Morte é um imóvel que funcionou como um centro de tortura durante a ditadura militar. O projeto inclui o apoio para sua transformação em um memorial, commemorando as vítimas e a importância da memória histórica.

Para quem o mapeamento é destinado?
O mapeamento é destinado a toda a sociedade, com o intuito de promover a educação e a conscientização sobre os eventos da ditadura. Ele servirá tanto para o ensino formal quanto para a educação informal.

Por que é importante preservar a memória da ditadura militar?
Preservar a memória desse período é crucial para garantir que as violações de direitos humanos não sejam esquecidas, promover a justiça e educar as futuras gerações sobre a importância da democracia e dos direitos civis.

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