MDHC Inicia Coordenação de Ações de Proteção para Famílias do Assentamento Olga Benário do MST em 13 de Janeiro

MDHC Anuncia Ações de Proteção para Assentamento Olga Benário Após Ataque a Tiros
O Assentamento Olga Benário, pertencente ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) localizado em Tremembé (SP), se tornou o foco de ações de proteção por parte do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) após um ataque a tiros no último dia 10 de janeiro, que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras seis feridas.
Na manhã deste domingo (12/01), a Ministra Macaé Evaristo compareceu ao velório das vítimas, Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 52 anos. Durante sua visita, a ministra anunciou que, a partir de segunda-feira (13/01), equipes do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) iniciarão o atendimento às famílias afetadas.
“Primeiro, queremos prestar nossa solidariedade, mas também procurar entender um pouco mais do que aconteceu. A partir de amanhã, ouviremos cada família para que possamos organizar uma agenda que garanta a proteção coletiva da comunidade”, disse Evaristo.
O ataque resultou em uma agressão extremamente violenta a um grupo que se dedicava à luta pela reforma agrária. O Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, classificou o incidente como “um crime gravíssimo” e ressaltou que os assentados estavam dentro de sua área de ocupação legal.
PPDDH e Medidas de Segurança
De acordo com Macaé Evaristo, não havia registros de ameaças anteriores ao assentamento. Contudo, o grupo de atiradores, que é considerado novo nesse contexto de violência, será incluído no programa de proteção. O coordenador-geral do PPDDH, Igo Martini, destacou a necessidade de um diálogo estreito com a comunidade para entender as especificidades do caso e implementar medidas de segurança adequadas, como a instalação de câmeras de monitoramento.
As causas do ataque ainda estão sob investigação. O MDHC aguarda resultados das apurações para oferecer mais informações. “Queremos uma devida apuração e a responsabilização de quem está por trás disso”, afirmou a ministra.
Homenagem às Vítimas
Como parte do luto e da resistência, uma missa de sétimo dia em memória das vítimas acontecerá no próximo sábado (18/01). Gilmar Mauro, membro da direção nacional do MST, anunciou que o ato político vai além da homenagem, pois busca pressionar por uma investigação efetiva e punição dos responsáveis. “Não se trata só dos assassinos, mas também do capital imobiliário, que tenta se expandir às custas das nossas lutas”, disse Mauro.
Além disso, como gesto simbólico, as famílias de assentamentos do país foram convidadas a plantar duas árvores em honra aos mortos, promovendo uma corrente de solidariedade entre os trabalhadores rurais.
Perguntas e Respostas

Qual foi o motivo do ataque ao Assentamento Olga Benário?
O ataque a tiros no assentamento não possui um motivo claro, mas está relacionado a conflitos agrários que frequentemente envolvem disputas de terras.

O que o MDHC irá realizar para proteger os assentados?
O MDHC, através do PPDDH, iniciará um atendimento individualizado às famílias, identificando necessidades de segurança, como a instalação de câmeras de monitoramento e outras medidas de proteção.

Quantas pessoas foram vítimas do ataque?
Ao todo, oito pessoas foram atingidas pelos tiros. Duas delas, Gleison Barbosa de Carvalho e Valdir do Nascimento, morreram imediatamente.

Havia algum histórico de ameaças ao assentamento antes do ataque?
Segundo a ministra Macaé Evaristo, não havia registros de denúncias ou ameaças anteriores à segurança do assentamento Olga Benário.

Quando ocorrerá a missa em homenagem às vítimas?
A missa de sétimo dia em memória das vítimas ocorrerá no próximo sábado (18/01), às 9h da manhã, no assentamento, como parte de um ato político de resistência.

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