Royal Mint inova ao extrair ouro de placas de circuito para sua linha de joias

Uma abordagem inovadora no setor de mineração de ouro está sendo liderada pela Royal Mint, a tradicional fabricante de moedas do Reino Unido, que abriu uma fábrica para recuperar ouro de placas de circuito eletrônico. A empresa, conhecida pela sua história milenar, está redefinindo práticas de mineração através de processos de recuperação de metais preciosos.
A fábrica, situada no Sul do País de Gales, possui cerca de 40.000 pés quadrados e tem capacidade para processar até meia tonelada de ouro por ano, uma quantidade proveniente das 4.400 toneladas de placas de circuito impresso (PCBs) que a instalação é capaz de tratar anualmente. Esta técnica, além de ser considerada mais eficiente energeticamente, apresenta-se financeiramente mais viável que os métodos convencionais de mineração de ouro.
Utilizando tecnologia patenteada desenvolvida pela Excir, empresa canadense, a Royal Mint consegue extrair ouro 999,9 de alta qualidade, que posteriormente é utilizado na confecção de peças de joalheria. A iniciativa não apenas atesta o empenho da companhia em adotar práticas sustentáveis, mas também abre portas para a criação de novos empregos e capacitação dos trabalhadores.
As novas joias produzidas com o ouro recuperado fazem parte da coleção 886, a qual apresenta uma gama de produtos que inclui colares, pulseiras e anéis. Este movimento da Royal Mint reforça a importância da reciclagem e do uso responsável de recursos naturais finitos, ao passo que traz inovação e luxo sustentável para o mercado de joias.
Além disso, a Royal Mint contribui significativamente para o setor de reciclagem, um mercado em ascendência diante do aumento da produção de lixo eletrônico. O mundo gerou assombrosas 68 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos só em 2022, segundo dados das Nações Unidas, o que torna iniciativas como a da Royal Mint não apenas lucrativas, mas essenciais para o futuro do planeta.
O projeto, caracterizado pela presidente-executiva da companhia, Anne Jessopp, como uma fusão entre a preservação de técnicas artesanais e a inovação industrial, aponta para um futuro onde a produção de metais preciosos está intimamente ligada a práticas ambientalmente corretas e ao respeito pelos recursos da Terra.

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