MTE Intervém e Resgata Trabalhador em Situação Irregular em Obra de Construção Civil em Porto Alegre

Título: Resgate de Trabalhador em Porto Alegre Evidencia Gravidade do Trabalho Escravo Moderno
Entre fevereiro e março de 2025, uma operação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF) e da Secretaria de Assistência Social de Porto Alegre resultou no resgate de um trabalhador de 57 anos, que vivia em condições análogas às de escravidão em uma obra de construção civil inacabada na capital gaúcha. O caso levanta alarmantes questões sobre a vulnerabilidade dos trabalhadores e a necessidade urgente de ações efetivas contra práticas ilegais.
O trabalhador, originalmente contratado como carpinteiro para a construção de 20 casas geminadas, viu-se preso a uma situação desesperadora desde 2015, quando as obras foram interrompidas. Após o abandono do local, ele assumiu funções de vigilância e manutenção, mas não possuía alternativas para sua sobrevivência. A equipe de fiscalização constatou que ele não tinha acesso a água encanada, energia elétrica ou instalações sanitárias adequadas, vivendo em condições extremamente precárias. Para se abrigar das chuvas, ele se acomodava em uma espuma no chão de uma das casas inconclusas.
Além das más condições de vida, o trabalhador não possuía um registro em carteira de trabalho e não recebia salários regulares, dependendo de benefícios sociais e donativos para se sustentar. Após a descoberta da situação alarmante, os auditores-fiscais do trabalho retiraram o homem do local e o encaminharam para os serviços de assistência social. O empregador foi notificado para pagar todas as verbas salariais devidas, e o trabalhador resgatado teve a garantia do Seguro-Desemprego.
Esse caso não é um episódio isolado – em 2025, cerca de 45 trabalhadores em situações semelhantes foram resgatados no Rio Grande do Sul. A realidade do trabalho escravo moderno é alarmante, e ações de fiscalização são fundamentais para combater o problema. O MTE incentiva a participação da sociedade na denúncia de irregularidades por meio do Sistema Ipê, uma ferramenta que permite que qualquer cidadão reporte situações de trabalho escravo.
Perguntas e Respostas:

O que caracteriza o trabalho em condições análogas à escravidão?

Caracteriza-se pela ausência de liberdade, exploração do trabalhador, trabalho forçado ou precarização extrema das condições de trabalho, como alojamento inadequado e falta de pagamento.

Como o trabalhador resgatado vivia antes da operação de fiscalização?

Ele vivia em uma obra inacabada, sem registro em carteira de trabalho, sem salários, e enfrentava condições precárias sem água e energia, dormindo sobre uma espuma no chão.

Quais medidas foram tomadas após o resgate do trabalhador?

O trabalhador foi acolhido pela Assistência Social, o empregador foi notificado a pagar as verbas salariais devidas, e o trabalhador teve acesso ao Seguro-Desemprego.

Quantos trabalhadores já foram resgatados em condições semelhantes este ano no Rio Grande do Sul?

Até o momento, 45 trabalhadores foram resgatados em situações análogas à escravidão em 2025.

Como a sociedade pode ajudar a combater o trabalho escravo moderno?

A sociedade pode denunciar situações suspeitas através do Sistema Ipê, que permite que qualquer cidadão reporte irregularidades no trabalho, contribuindo para a fiscalização e resgate de trabalhadores.

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