Milei anuncia redução de impostos para carros e motos na Argentina

Medida valerá a partir de fevereiro para veículos mais caros que tinham adicional do “imposto de luxo”

Texto: Marcos Camargo Jr. Fotos:Stellantis e Ford/Divulgação
Na Argentina os carros e motocicletas de “alta gama”, como são conhecidos os modelos de preço médio e mais caros, terão impostos reduzidos a partir de 01 de fevereiro. A medida vale para os impostos federais e irá beneficiar especialmente modelos híbridos e elétricos que terão imposto de importação zerados. O pacote faz parte de uma reforma tributária anunciada em dezembro de 2024.

O ministro da Economia Luis Caputo detalhou hoje em coletiva de imprensa e por meio de uma postagem nas redes sociais como irá funcionar a redução de tarifas. “A medida irá impactar em uma redução de preços de 15 a 20% no preço final e irá aumentar a demanda por veículos”, disse Caputo.

A medida que começa a valer de forma prática a partir da próxima semana irá cortar impostos federais de veículos que custam acima de R$ 220 mil em valores convertidos (41 milhões de pesos argentinos).

A redução de impostos para veículos médios e de luxo reduzirá o imposto de 35% para 18%.  A medida começa a valer para carros entre 41 e 75 milhões de pesos(entre R$ 220 e R$ 450 mil). Nesta faixa estão modelos médios como Toyota Corolla e a picape Hilux, Ford Bronco e Rager, Volkswagen Tiguan e Amarok entre outros.

Os veículos híbridos e elétricos de entrada também ficarão livres de impostos de importação para impulsionar o setor. A princípio o governo de Milei estabeleceu uma cota de 50 mil unidades de modelos híbridos e elétricos que terão preço reduzido. Além disso, motocicletas de alta cilindrada e preços entre 15 e 23 milhões de pesos, cerca de R$ 80 a R$ 120 mil reais em valores convertidos, terão impostos de 20% zerados. O imposto adicional de veículos de maior valor era conhecido como “imposto ao luxo” na Argentina. Em um carro importado por exemplo, além da tarifa de importação em 35%, são cobrados o IVA (imposto de valor agregado) de 21% além de custos de comissão e lucro que representam 14% da composição de preço de um veículo. O governo argentino anunciou que em 2025 irá cortar os impostos federais em 90%.
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