Político que trabalha é aquele que eu vejo trabalhar: Trump, Juliana Pavan, Sérgio Guimarães e Xepa

A verdade, como sempre, está em movimento. O que ontem parecia absoluto, hoje se dissolve em múltiplas versões e, amanhã, será substituído por uma nova narrativa. Vivemos um momento em que comunicar e governar não são apenas interligados, mas indistinguíveis. Na política, quem domina a narrativa domina o jogo — e os últimos dias nos deram exemplos claros disso.

Logo após tomar posse, Donald Trump não apenas assumiu a presidência dos Estados Unidos, mas também o palco das manchetes globais. Suas ações, declarações e factoides — cuidadosamente projetados ou não — criaram uma avalanche de repercussões. Enquanto o mundo discute o que ele diz, as pautas menos populares passam despercebidas. Trump compreende o poder de saturar o espaço público com informações que pautam agendas e distraem olhares. Governar, hoje, começa na criação do espetáculo.

Por aqui, em Santa Catarina, o deputado Sérgio Guimarães demonstra como a comunicação constante e conectada pode ser uma ponte entre o político e a sociedade. Seus números são impressionantes: mais de 60 milhões de visualizações em 90 dias. Ele trata de temas variados, da crise causada pelas chuvas no litoral às demandas pela causa animal, sempre mantendo a conexão direta com sua base. O contraste é evidente: enquanto muitos políticos ainda comunicam como se estivessem em um palanque de 1990, Sérgio, de capa de chuva e na motoca, se posiciona como alguém que entende que a interação digital não é opcional, mas essencial.

As recentes chuvas que devastaram Santa Catarina também trouxeram lições sobre como comunicar é, antes de tudo, agir. Prefeitos como Juliana Pavan e Xepa mostraram que não basta vestir o colete da Defesa Civil; é preciso arregaçar as mangas, literalmente. Xepa, com água pelo peito, participava ativamente das operações de suporte. Juliana, entre reuniões estratégicas, limpava lixeiras ao lado da população. As imagens falaram por si: governar não é apenas decidir; é ser visto enquanto faz isso. O cidadão acredita no trabalho quando o vê acontecendo.

Enquanto isso, no cenário nacional, cresce a força da narrativa anti-política. A polêmica do PIX envolvendo Nikolas Ferreira e Erika Hilton é apenas mais um episódio em que a desconstrução de “verdades absolutas” transforma o debate público. O que antes era um embate entre ideias, agora é uma disputa por narrativas. Nikolas, Cleitinho e outros entenderam que, no mundo das redes, a credibilidade não vem do terno e gravata, mas da capacidade de parecer próximo, de quebrar o distanciamento entre o cidadão comum e o político.

E é aqui que a fragmentação da verdade entra em seu ponto mais delicado. Redes sociais criaram um espaço onde múltiplas realidades coexistem. Cada cidadão vive sua própria versão do mundo, moldada por algoritmos que reforçam crenças e evitam conflitos. Esse ambiente tem poder transformador, mas também perigoso. Ele pode conectar líderes e eleitores de forma direta, mas também construir barreiras quase intransponíveis entre o público e a política tradicional.

Estamos no começo dessa revolução, ainda mal a entendemos. Governos e líderes que sabem moldar narrativas digitais ganham poder e relevância. Mas há um preço. Em um mundo onde a verdade é múltipla, o que separa a política do espetáculo? O que impede que governar se torne apenas mais um ato em um grande show?

Talvez a resposta esteja no equilíbrio entre ação e comunicação. Como Juliana e Xepa mostraram, comunicar não é apenas falar, mas fazer. Como Sérgio Guimarães demonstrou, não basta ser visto; é preciso ser relevante para a população. E como a narrativa anti-política revela, a política precisa urgentemente reencontrar seu caminho até o cidadão comum.

A verdade, agora, não é um destino. É o caminho.

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