MIR e UFRB Unem Forças em Campanha de Valorização da Ancestralidade Africana

Campanha Nacional Para a Valorização da Ancestralidade Africana Lançada pelo MIR e UFRB
Na última terça-feira, 21 de janeiro, em uma data significativa para a luta contra a intolerância religiosa, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) lançaram uma campanha nacional dedicada à promoção dos direitos e valorização da ancestralidade africana. Esta iniciativa não apenas visa celebrar e respeitar a cultura afro-brasileira, mas também fortalecer a identidade das comunidades de matriz africana no Brasil.
A campanha conta com uma série de publicações educativas que serão disseminadas nas redes sociais do MIR, da UFRB e de outros parceiros. Os conteúdos abordarão temas relevantes, como a história e as lideranças de terreiros tombados no Brasil e a situação das comunidades quilombolas. Futuras etapas da campanha também incluirão informações sobre os povos ciganos, reconhecendo a diversidade cultural do Brasil e a importância de todos esses grupos.
A ministra substituta da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, destacou a urgência da reparação histórica para com os povos de terreiro, afirmando que “nossa responsabilidade de reparação já começa 2023 anos atrasada. Não por conta do nosso tempo cronológico, mas pelo histórico”. Essa declaração reflete a necessidade de mudar a narrativa que cerca a história de marginalização e discriminação vivida por esses grupos.
O enfoque da campanha está baseado na criação de medidas intersetoriais para assegurar os direitos das comunidades tradicionais de terreiro e de matriz africana, promovendo respeito e valorização cultural. Isso se alinha à Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro, instituída pelo decreto nº 12.278 de 2024, que prevê ações pautadas no reconhecimento da memória e tradições afrodescendentes, buscando uma superação efetiva do racismo.
No que diz respeito à preservação do patrimônio cultural, as postagens da campanha seguirão uma ordem cronológica, priorizando os terreiros mais antigos, em respeito à tradição. Luzi Borges, diretora de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros, enfatizou a importância dos terreiros como espaços de memória e resistência, que enfrentaram criminalização e repressão.
A UFRB, que possui o maior número de docentes negros entre as universidades federais, também se comprometeu a integrar as políticas de valorização dos povos de matriz africana, enfatizando a criação de conteúdos que ajudem a combater o racismo religioso e outras formas de violência.
Com essa campanha, o MIR e a UFRB imprimem um papel ativo na luta pela valorização da ancestralidade africana e na promoção da igualdade racial no Brasil.
Perguntas Frequentes

Qual é o objetivo da campanha lançada pelo MIR e UFRB?

O objetivo é promover os direitos e valorizar a ancestralidade africana, além de fortalecer o desenvolvimento sustentável das comunidades de matriz africana, como os povos de terreiro e quilombolas.

O que será abordado nas publicações da campanha?

As publicações incluirão informações sobre terreiros tombados no Brasil, suas lideranças, comunidades quilombolas e, em etapas posteriores, sobre os povos ciganos.

Por que o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi escolhido para o lançamento?

A data simboliza a luta contra a intolerância religiosa e reforça a importância da valorização da diversidade cultural e religiosa no Brasil.

Qual é a importância dos terreiros na cultura afro-brasileira, segundo a campanha?

Os terreiros são considerados espaços de salvaguarda da memória e tradições africanas no Brasil, tendo enfrentado criminalização e repressão ao longo da história.

Como a campanha pretende ajudar na luta contra o racismo religioso?

Através da criação e divulgação de produtos comunicacionais que atuem como dispositivos de enfrentamento ao racismo religioso e diversas violências, promovendo a valorização da cultura de terreiro.

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