Melhorias na Infraestrutura e Reforço de Profissionais de Saúde Contribuem para Queda de Óbitos por Desnutrição e Malária entre os Yanomami

Nova infraestrutura e mais profissionais de saúde ampliam a assistência e reduzem óbitos por desnutrição e malária entre os Yanomami
Ministério da Saúde completa dois anos de ações de reestruturação da saúde na terra indígena com diminuição de óbitos por malária e funcionamento de 100% dos polos de saúde
O Ministério da Saúde do Brasil anunciou recentemente os resultados positivos das ações de reestruturação na saúde da população Yanomami, a maior reserva indígena do país, após dois anos de intervenções significativas. Desde a mobilização de um Centro de Operação de Emergências (COE) em janeiro de 2023, as equipes de saúde têm enfrentado um cenário de abandono que perdurou sob gestões anteriores e que foi agudo devido ao avanço do garimpo ilegal e outros desafios à saúde pública.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância dessa reestruturação, afirmando que “a reestruturação da saúde no território Yanomami é um marco do nosso compromisso com a dignidade e os direitos dos povos indígenas”. A ação foi motivada pela crise humanitária enfrentada pela comunidade, manifestada por altas taxas de desnutrição e aumento de óbitos.
Os resultados deixam claro que as medidas adotadas tiveram uma eficácia significativa. Os dados mais recentes revelam uma diminuição de 68% nos óbitos por desnutrição e uma redução de 25% nos casos de malária em comparação ao ano anterior. O número de mortes causadas por infecções respiratórias também caiu em 53%.
Além disso, o país viu um aumento de 155% no número de profissionais de saúde atuando na região, elevando o total de 690 para 1.759. Este aumento inclui médicos, enfermeiros, dentistas, nutricionistas e agentes indígenas qualificados, permitindo uma cobertura mais abrangente e eficiente.
Dentre os avanços, também se destaca a reabertura de sete polos base de saúde que haviam sido desativados, agora atendendo mais de 5 mil indígenas que anteriormente estavam desassistidos. A construção de novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) e ações voltadas para o fortalecimento da infraestrutura de saneamento básico têm contribuído para a melhoria das condições de vida e saúde da população Yanomami.
Com a instalação de sistemas de telessaúde, o acesso a especialistas foi ampliado, permitindo um diagnóstico e tratamento mais eficaz, evidenciando um aumento de 73% no número de exames de malária realizados. Além disso, cerca de 3,3 mil crianças foram acompanhadas no primeiro trimestre de 2024, mostrando a efetividade das ações de vigilância nutricional.
Perguntas Frequentes:

Como as ações do Ministério da Saúde impactaram a saúde dos Yanomami?

As ações resultaram em uma significativa redução de óbitos por desnutrição (68%) e por malária (25%), além de uma queda de 53% nas mortes por infecções respiratórias.

Quantos profissionais de saúde estão atualmente atuando entre os Yanomami?

O número de profissionais de saúde aumentou de 690 para 1.759, representando um crescimento de 155% no total de médicos, enfermeiros e outros profissionais.

O que é o Centro de Operação de Emergências (COE)?

O COE foi mobilizado para gerenciar a crise de saúde na Terra Yanomami e implementar medidas de reestruturação, visando combater a desnutrição e outras doenças.

Quais melhorias foram feitas em termos de infraestrutura de saúde?

Foram reabertos sete polos base de saúde, construídas novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), e houve melhorias na infraestrutura de saneamento básico, incluindo a instalação de novos sistemas de abastecimento de água.

Como a telessaúde contribuiu para a assistência médica?

A telessaúde permitiu a instalação de 35 estruturas de TI, incluindo antenas e pontos de internet, facilitando o acesso de indígenas a especialistas e aumentando o número de exames de malária realizados.

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